Publicado em: 26/01/2018 10h07 – Atualizado em 26/01/2018 19h14
Questão de credibilidade
Num momento em que a imprensa debate seus rumos, ante o avanço dos meios digitais e a crescente preferência pelas redes sociais, é de fundamental importância que sejam levados em conta critérios adequados quando da avaliação da fonte de informação.
Jornais impressos com longa trajetória trazem em seu DNA o princípio da confiabilidade, com as exceções de praxe. A força da palavra escrita transcende o aspecto da mera leitura. Fixa a mensagem, documentando-a e servindo de referência para pesquisa e registro. Nesse sentido, diferencia-se do mundo virtual, cuja característica é a efemeridade.
Na discussão sobre as chamadas fake news, desponta a credibilidade dos meios de comunicação. Quando verificada a procedência de determinado fato de origem duvidosa, invariavelmente constata-se que, quando devidamente confirmada, a informação é originária de um veículo tradicional, de larga confiabilidade no mercado. Não é por outra razão que a imprensa profissional se constitui em indispensável organizadora em meio à distopia informativa das redes, sustentada por seus notórios pilares da apuração, ética, pluralidade e relevância social.
Credibilidade, é bom lembrar, é quesito conquistado ao longo dos anos. Decorre da conduta pautada em valores intrínsecos à empresa e a seus diretores. Para um jornal, tal credencial é de fundamental importância, fazendo a diferença em um mercado tão disputado e heterogêneo.
Esta Tribuna tem a satisfação de desfrutar da credibilidade afiançada há décadas por seus leitores. Certa de que os novos tempos trazem novos desafios, procura se adequar a uma realidade em que, por vezes, não se separa o joio do trigo. De qualquer forma, permanecerá inalterado seu propósito de praticar um jornalismo de qualidade, sempre em defesa da população. Independentemente da plataforma.
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