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Mariana Corrér
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Em mais uma reportagem da série Perspectivas 2015, o deputado estadual Rogério Nogueira (DEM), reeleito com 132.571 votos em outubro, fala sobre seu foco para o próximo mandato, que se iniciará em 15 de março, quando os parlamentares tomam posse na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Tribuna – Quantas cidades serão representadas por seu mandato?
Rogério – Tive um trabalho direto, durante a campanha, em 40 cidades, mas recebi votos em mais de 300. Apesar de ter minha base eleitoral, estou sempre aberto às necessidades dos municípios.
Tribuna – Qual o principal foco deste mandato?
Rogério – O trabalho legislativo é muito dinâmico e procuro ter proximidade com os municípios. Cada um tem suas necessidades e, não necessariamente, convergentes entre si. O importante do trabalho parlamentar efetivo é tratar com prioridade diante dos projetos das cidades e fazer esse relacionamento com o Estado, tanto quanto destinar recursos por meio de emendas. Nossa prioridade para esse mandato é estreitar ainda mais o contato com os municípios e intensificar a defesa da necessidade de cada um deles.
Tribuna – Qual a área que você acha que merece mais atenção em Indaiatuba?
Rogério – Indaiatuba é uma cidade que, não somente possui um planejamento estratégico amplo e com visão de futuro, mas coloca-o em prática no dia a dia. Como a cidade é minha principal base eleitoral, onde moro e que tem meu irmão [Reinaldo Nogueira (PMDB)] como prefeito, minha proximidade é muito maior. Para Indaiatuba tenho algumas propostas específicas, como a conquista de uma escola estadual para o Parque Campo Bonito; anel viário ligando a Toyota até a estrada de Cardeal; mais cursos para a Fatec; mais recursos para a (Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura) Fiec; mais recursos para entidades; duplicação da ponte sobre o Rio Jundiaí; mais estrutura e efetivo para a Polícia Militar e para a Polícia Civil; recursos para custeio da Saúde; creche do idoso e mais um asilo, entre tantos outros.
Tribuna – E nas outras cidades de representação, quais as maiores demandas?
Rogério – Em geral, as áreas para as quais mais recebo solicitação são infraestrutura, saneamento, saúde, educação e habitação.
Tribuna – Qual será a maior dificuldade para o trabalho almejado?
Rogério – A maior dificuldade, não só minha, mas do nosso Estado e do País, é essa crise anunciada desde o ano passado, mas que apenas o Governo Federal não queria admitir e o fez da pior forma possível, aumentando taxas e tributos, que impactam toda a população. Quando discutimos, ainda em 2014, o orçamento estadual para 2015, levávamos em conta que o cenário seria de dificuldades. O próprio Governo chegou a prever queda na arrecadação para este ano. Mesmo assim, isso só se coloca como mais um desafio a ser vencido. Nunca parei de trabalhar e nossa proposta é intensificar ainda mais neste quadriênio.
Tribuna – O deputado havia dito que tinha planos de trazer mais escolas integrais para Indaiatuba. Como está esse processo?
Rogério – Educação é sempre uma das áreas que trato com prioridade e temos discutido com o Governo novas unidades em modelo de período integral. Já conseguimos uma escola para o novo empreendimento habitacional, o Parque Campo Bonito, que estamos trabalhando para que já se enquadre nesse modelo, assim como a unidade em construção do Jardim Paulista II.
Tribuna – E para a saúde, um dos planos seria o centro de traumas para o município. Indaiatuba pode esperar esse centro? Para quando?
Rogério – Tivemos uma reunião ainda em 2014, com o secretário de Estado e apresentamos Indaiatuba para receber o Centro de Traumas. Procuramos demonstrar não somente o nosso interesse, mas a viabilidade de nossa cidade para abrigar o projeto. Ainda não há definição, mas temos acompanhado e cobrado esse projeto.
Tribuna – As obras para fluidez de trânsito foram as mais beneficiadas em seu último mandato. O que está dentro dos planos nesse sentido para agora?
Rogério – As obras viárias se tornaram cada vez mais necessárias devido, principalmente, ao crescimento acelerado da frota. A cidade também cresce e o trânsito precisa ser adaptado constantemente às novas realidades que se apresentam. Indaiatuba tem planejado e executado essas mudanças e eu colaboro com o meu trabalho junto ao Estado. Para se ter uma ideia, em 2004, eram 68.432 veículos; em 2014, 163.848; ou seja, um crescimento de 95.416 em 10 anos. De 2013 (155.576) para 2014, houve um acréscimo de 8.272 veículos. Isso demonstra que o setor de trânsito exige a atenção que temos dado e ela será contínua nesse próximo mandato.