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Parto humanizado dá vez ao protagonismo feminino



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Atualizado em 27/11/2014 às 17h16Publicado em 24/09/2014 às 11h58Mariana Corrér – [email protected]
Médica ressalta importância de acompanhamento

Por maior respeito ao seu corpo e à naturalidade de todo processo gestacional, muitas mulheres estão abrindo mão da comodidade oferecida pelas cesarianas e buscando o protagonismo feminino na hora do parto.



Nessa busca, os partos humanizados ganham cada vez mais destaque entre as mulheres. Na contramão, mitos rondam a maior parte das pessoas que não conhece o processo.



Um dos pontos principais nessa história é desmistificar o parto humanizado, já que ele ainda é acusado de levar riscos à mãe e ao bebê. A ginecologista e obstetra especializada no assunto, Mariana Simões, garante que a realidade é o inverso. “As cesáreas têm risco três vezes maior de morte no parto do que um parto natural”, afirma.



Ela também ressalta que o acompanhamento médico é fundamental e a participação de profissionais na hora do parto é regra. “Independente do parto ser no hospital ou não, uma equipe de médicos e enfermeiros estarão participando desse parto”, diz. “A diferença desta opção é a de que, quem faz o parto é a mãe e não o médico”, explica, enfatizando o protagonismo feminino no processo.



A obstetra lembra ainda que o respeito é trivial. “Respeitamos a mãe e o bebê, o tempo que ela vai levar para entrar em trabalho de parto e a fisiologia do trabalho de parto.”


Eduardo Turati

Benefícios



Os benefícios são constatados para mãe e bebê com o parto humanizado. “E isso é comprovado cientificamente”, aponta a médica. Uma das vantagens citadas por ela é que, de fato, a criança nasce quando está pronta. “Em cesarianas eletivas, a prematuridade é muito comum, pois o bebê não ‘foi avisado’ de que vai nascer com 39 semanas, ele pode não estar preparado para nascer”, exemplifica.



A doutora também esclarece que “para a mulher, há menor risco de perda sanguínea e maior recuperação no pós-parto. Para o bebê, além do maior vínculo com a mãe, ele é beneficiado pelos hormônios liberados no trabalho de parto, o que não acontece na cesárea, e quando ele passa pelo canal, o tórax é comprimido, colaborando para o melhor funcionamento de suas vias aéreas”,


Kelly Stein

Recepção



O profissional neonatologista, o pediatra, deve seguir a linha da humanização e respeitar o bebê. “A criança tem que ir direto para o colo da mãe, deve ser incentivada a mamada na primeira hora de vida, não pode esticar a criança na hora do nascimento, nem fazer a aspiração em bebês saudáveis, enfim, não se faz coisas que desrespeitem a criança, assim como o parto respeitou a mãe”, declara a médica.



Para que isso aconteça com maior frequência, a médica neonatologista do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Unicamp, Maria Otília Bianchi, salienta que o plantonista desconhece das necessidades individuais da mulher e, por isso, a importância de se ter um médico de confiança.



Entre os pediatras que seguem propostas humanizadas, ela acredita que, primeiramente, eles precisam saber das condições clínicas da gestante e se tornar parceiros no momento do nascimento. “Um exemplo simples é a identificação do bebê, que precisa ser feita antes que ele saia da sala de parto, mas que pode ser realizada no colo da mãe ou do pai, sem necessidade de interromper o primeiro contato da mãe para isso”, sublinha.


Participação da família é um dos pontos mais vantajosos à mãe



Nos partos humanizados, ainda visando o maior conforto e segurança da gestante, uma das maiores vantagens é ter pessoas que lhe dão confiança ao lado da mãe – pelo menos quando o parto não acontece no hospital, onde o limite é de um acompanhante e, dependendo do local, a doula participa como parte da equipe médica.



Para registrar esse momento, a fotógrafa Kelly Stein se especializou nessa área e acompanha frequentemente partos humanizados. Sua paixão pelo assunto veio quando engravidou da primeira filha. “Descobri um mundo totalmente diferente do que vemos por aí, do que é pregado nos consultórios médicos, e há oito anos vejo nascimentos lindos, cesáreas onde as famílias são respeitadas, partos naturais em hospital, em casa”, relata.



Kelly avalia como uma das maiores vantagens a cumplicidade do casal, uma vez que podem permanecer juntos durante todo o processo de nascimento. “Se houver filhos mais velhos, eles podem estar presentes no nascimento do bebê, é lindo ver uma criança acompanhando o nascimento de seu irmão mais novo”, declara.



Humanização é garantida mesmo em parto cirúrgico



A obstetra reforça que a humanização pode acontecer em casos extremos, mesmo quando a mulher precisa recorrer ao procedimento cirúrgico para garantir sua integridade e a de seu filho.



Esse foi o caso da consultora de Imagem Katy Garcia Jo. Sua gravidez não foi planejada, mas quando descobriu que estava grávida, decidiu que sua filha, a pequena Clara, hoje com seis meses, nasceria da forma mais natural possível. “Eu nunca tinha imaginado isso, pois achava cesárea algo normal, afinal, minha mãe teve duas”, conta.

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