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Por Mariana Corrér
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Com a falta d’água e a desconfiança da água da torneira, a população volta a recorrer às bicas e minas. Em alguns casos, moradores esperam até três horas na fila para encher garrafas e galões.
Os novos alvos da população estão na Zona Sul são duas bicas, que ficam no Jardim Paulista, atrás de uma escola pública, e na marginal da Rodovia Santos Dumont, próximo às empresas Irani e SEW.
A do Jardim Paulista é bastante procurada por moradores do próprio bairro, que garantem sua utilização. Na segunda, por sua vez, formam-se filas de carros e os motoristas chegam a ficar por horas até conseguir levar água para casa.
A Tribuna esteve nos locais na semana passada e registrou a presença de cerca de 15 pessoas na primeira bica e mais seis na outra, porém, a visita não foi nos horários de pico, quando, segundo os “usuários”, mais de 40 pessoas esperam pela captação.
Os moradores contam que usam a água há anos e, de um mês para cá, a utilizam para tudo. “Ela nunca nos fez mal e, agora, é o único jeito que temos de tomar banho e fazer comida em casa”, relata uma das mulheres que esperava com um galão de 20 litros.
O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) pede para que a população fique alerta a essa água, que, normalmente, está contaminada com coliformes fecais. Segundo a autarquia, a água fornecida pelo próprio Saae é mais garantida do que a proveniente das minas.
O Saae ainda não fez testes de qualidade em todas elas, mas não recomenda a utilização da mesma forma. “Mas caso as pessoas utilizem essa água, que pelo menos ela seja fervida antes, isso ajuda a eliminar muito da contaminação”, pede o superintendente Nilson Alcides Gaspar.
Chafariz
A assessoria de imprensa do Saae ainda relatou que recebe denúncias de gente que está buscando água no Chafariz. “Lá é ainda pior, pois além dos coliformes fecais, há nitrato, o que é ainda mais perigoso”, diz. Da mesma forma, a autarquia recomenda que as pessoas não utilizem esta água.