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Leandro Povinelli
cidades2@tribunadeindaia.com.br
Para garantir o fornecimento de água, os municípios das regiões de Campinas e Piracicaba precisam investir cerca de R$ 4 bilhões até 2020. Um dos principais problemas é resolver o tratamento de esgoto, que hoje atinge apenas 60% dos resíduos. Em saneamento e combate à poluição, seria preciso gastar R$ 2 bilhões em um período aproximado de seis anos. A conclusão faz parte de estudos realizados pelo Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), ressaltando que algumas cidades já começaram a desenvolver obras.
Entre os municípios que mais precisam de investimentos estão Indaiatuba, Campinas, Americana, Atibaia e Limeira. A recente estiagem, considerada a pior em 90 anos, acelerou diversas ações, mas ainda falta muito para atingir a meta. A Agência PCJ classifica os rios com níveis de qualidade em uma escala de um a quatro, estando os da região nas duas últimas faixas.
O Rio Jundiaí, um dos principais do município, é um exemplo de investimento com retorno, tendo subido na classificação, passando de quatro para três nos últimos meses. “É preciso despoluir os rios e, com isso, se planejar para fazer barragens e outras alternativas que possam garantir o abastecimento”, afirmou o presidente do consórcio e prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira.
Em Indaiatuba, hoje, conforme explicado pelo superintendente do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Nilson Alcides Gaspar, o rio recebe um pré-tratamento para garantir a qualidade da água e sua potabilidade. Na cidade, foram investidos recentemente R$ 2 milhões e, no geral, na região da Bacia PCJ, a expectativa é chegar a 2020 com 95% do esgoto tratado.