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Mariana Corrér
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A Tribuna inicia uma série de entrevistas com figuras políticas e autoridades de Indaiatuba, que falarão sobre seus trabalhos, dificuldades e propostas para suas áreas no município.
O primeiro entrevistado é o presidente da Câmara, Luiz Alberto Pereira, o Cebolinha (PMDB).
Reeleito presidente para mais o biênio 2015-2016, ele assume a necessidade de uma revisão no Regimento Interno da Casa e avisa que as instalações do Legislativo Municipal ficarão mais sustentáveis, com adaptações para a economia de água.
Tribuna – Neste segundo biênio como presidente da Câmara Municipal, há necessidade de alguma mudança?
Cebolinha – Uma das primeiras coisas é que vamos adaptar várias coisas na Câmara para economia de água, mudando torneiras e revendo descargas. Também vamos dar modernidade à Câmara, principalmente na área da informática. E procurar fazer com que a Câmara tenha um papel mais ativo na vida da sociedade.
Tribuna – E no aspecto legislativo?
Cebolinha – Vamos continuar na mesma toada. Entendemos que ano passado foi um ano de grandes discussões e que a Câmara não teve desrespeito entre seus integrantes. Foi algo republicano e democrático.
Tribuna – Há alguma dificuldade enfrentada como presidente diante dos parlamentares?
Cebolinha – Nada que não seja normal, do dia a dia, e que não nasça das discussões. Claro que sempre tem alguém que extrapola, mas conseguimos contornar esses momentos com muita tranquilidade no ano passado. Neste ano, quando a coisa partir para uma discussão que deixa de ser democrática e respeitosa, vamos combater como foi feito nos últimos dois anos.
Tribuna – Você preza pelo bom relacionamento com a oposição. Acha que ainda há alguma barreira a ser derrubada neste sentido?
Cebolinha – Não haveria lógica de uma Câmara sem oposição. Ela é parte integrante e deve ser respeitada, e é respeitada. Não há nenhuma barreira entre a base e ela na questão administrativa. Em relação à política, as diferenças são aquelas propostas nas campanhas: eles defendem o que colocaram, nós defendemos o que colocamos, o que pregamos nas ruas e nos colocou pra governar.
Tribuna – Quanto ao exercício Legislativo, o que tem de melhor na Casa? E o que ainda falta para esse ser mais consolidado?
Cebolinha – Abertura das discussões, maneira que nos tratamos, algumas vezes com dureza, mas sempre com respeito. Tem lugares em que os vereadores vão para as ofensas pessoais e até agressão física.
Tribuna – Fala-se na necessidade de revisão do regimento interno. Isso está nos planos? O que pode ser alterado nele?
Cebolinha – Entendo que tenha necessidade de revisão. Já foi feito estudo amplo para revisarmos o regimento ainda neste ano. Os principais pontos estão em adequações como no tempo de uso de palavra, número de indicações por sessão, número de moções, e até um artigo contradizendo o outro.
Tribuna – A população acredita em melhor representatividade com maior número de vereadores. Qual sua opinião sobre isso? É possível aumentar o número de parlamentares para as próximas eleições?
Cebolinha – Cada um tem um pensamento. Podemos ter até 21, o que acho um absurdo e exagero. Penso que pode aumentar até 15, não até o total. Mas essa decisão depende de todos, do grupo político onde será feito o debate de acordo com as propostas de cada, mas, por enquanto, isso é só conversa de corredor.
Tribuna – Acabando seu mandato como presidente, já sabe se tentará se manter na Câmara ou se tem pretensão fora do Legislativo?
Cebolinha – Meu plano no momento é presidir. Não podemos ficar adiantando as coisas, primeiro vamos presidir. Vou procurar fazer um trabalho correto e justo, honrar a população e essa oportunidade que muito me honrou. O futuro a Deus pertence.