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Leandro Povinelli
cidades2@tribunadeindaia.com.br
Depois de esclarecer o crime de duplo latrocínio ocorrido em Indaiatuba no mês passado, o Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil conseguiu, em 14 dias, identificar todos os suspeitos participantes do delito, ocorrido na Rua Joaquim Pedroso de Alvarenga, no bairro Itaici, que vitimou os companheiros de trabalho Aníbal Kreiton, de 74 anos, e Oderli Cesar Ruesch, de 51 anos, mortos com golpes de marreta e faca.
Com a prisão temporária já decretada para o autor dos assassinatos e também para sua esposa, já que ambos fugiram juntos após os fatos, faltava à corporação identificar um terceiro suspeito, cujo nome constava em um dos cheques roubados da residência, preenchido com o valor de R$ 100 mil.
“A identificação do autor e da suposta comparsa dele, que é sua esposa, não fez com que cessássemos as investigações. Na verdade nós aguardávamos uma resposta da agência bancária de Minas Gerais, onde foram depositados os cheques roubados da casa onde ocorreu o duplo latrocínio”, explicou o delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira.
“Quando fizemos a coletiva para divulgar a identificação do autor dos fatos, eu havia mencionado que um dos cheques estava preenchido nominalmente à esposa do autor, já reconhecido pela vítima, e que o outro cheque depositado estava com o nome de outra pessoa, que ainda estávamos apurando sua possível participação no delito”.
Com o recebimento das imagens das câmeras internas do banco, a Polícia Civil de Indaiatuba conseguiu localizar os familiares do terceiro suspeito. Convidados a comparecer até a delegacia, no entanto, as testemunhas, segundo o delegado, reconheceram o homem mostrado nas imagens de uma fila do banco, acompanhado pela esposa do autor, para tentar fazer o depósito ou um desconto de um dos cheques roubados no local.
“A participação dele ainda vai ser objeto de investigação, mas, desde então, a gente já apura que, pelo menos, ele tentou receber uma quantia de R$ 100 mil que, partindo do autor do crime, ainda é inexplicada”, disse Oliveira. “Nós ainda não temos elementos para dizer, de fato, qual foi a verdadeira participação desse terceiro suspeito. Ainda não sabemos se a ideia do autor era entregar o dinheiro para essa pessoa, que depois iria repassá-lo, ou se ele participou de alguma forma nesse crime. E é isso que estamos buscando agora”.
Agora, para a Polícia Civil, se houver elementos que justifiquem o pedido de prisão, haverá uma representação ao Poder Judiciário para que esse terceiro suspeito seja cautelarmente preso no transcorrer das investigações.
“Quando o combate preventivo não funciona, a Polícia Civil está aqui para dar uma resposta o mais rápido possível para a população, fazendo com que o sentimento de segurança volte a reinar na cidade”, finalizou o delegado.