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Anieli Barboni
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A equipe do Indaiatuba Rugby Clube – Tornados começou o ano focado na temporada de 2015. O clube, que teve um recente acesso à 1ª divisão do rugby paulista, se prepara para a disputa do Campeonato da Série A, que tem início no dia 28 de março, e para a Taça Tupi – Série B do Campeonato Brasileiro, no 2º semestre do ano.
A Tribuna conversou com o vice-presidente do Tornados, Marcelo Amato, que explicou a diferença de jogar na Série B e na A. “Quando o time joga na 2ª divisão tem 15 atletas que dominam o esporte no jogo e mais o banco de reservas, que geralmente é composto por novatos. Mas, como o time está crescendo, quando é preciso fazer uma substituição não tem tanto problema. Na 1ª divisão isso não acontece. Todo mundo tem um nível igual, ou maior”, explica. “Outra diferença é o condicionamento físico. No último tempo o time que não está preparado sente o cansaço e tem um desgaste maior”, aponta.
Para conseguir bons resultado na Série A, Amato conta que o treino teve mudanças. “Agora dividimos o treino por posição, e não por mais leve e pesado, como antes”, explica.
Amato também conta que o objetivo do time é permanecer na Série A. “Temos uma meta que é não descer, e honrar as equipes que jogamos contra. Por exemplo, o Lechuza de Itu, e Wally’s de Jundiaí. O Lechuza nos venceu na final e deixou de subir para nos ceder a vaga. O Wally’s, que iríamos fazer o jogo de repescagem, optou em descer para se reestruturar e nos deram essa oportunidade de jogar na Série A. Também temos que honrar todas as equipes que cresceram e nasceram conosco, e que nos admiram”, ressalta Amato. O primeiro confronto do Tornados é contra o São José, no dia 28 de março.
Adversários
A série A é composto por oito times. São eles: Tornados, São José, Band Sarries, Spac, Pasteur, Poli, Rio Branco e Jacareí. Amato aponta os duelos mais árduos. “Sem desmerecer nenhuma, eu acredito que as mais difíceis sejam São José, que considero a melhor equipe brasileira. O Spac, que é o time mais antigo do Brasil. O Band Sarries, que é um time muito tradicional e Pasteur. As outras equipes também são fortes e iremos bater de frente. Poli e Jacareí subiram da serie B o ano passado. São rivais nosso. Jacareí é um time que vem com uma base muito forte, jogam juntos desde os 13 anos de idade. Então, agora são jovens, adultos, rápidos e experientes. Rio Branco está passando por uma fase de reestruturação. Foi o melhor time do Brasil por muitos anos, mas deu uma defasada quando o pessoal começou a ficar mais velho e não tinha um trabalho de base. Porém, é uma equipe que está voltando com tudo”, comenta. “No entanto, é muito difícil mensurar os times mais fortes. Jogo é jogo”, acrescenta Amato.
Reforços
Atualmente os Tornados têm cerca de 60 atletas, sendo 30 jogadores da equipe de alto rendimento. Amato afirma que o grupo precisa aumentar. “Para um campeonato ser bem trabalhado, ter um grupo completo e fazer o calculo de estratégia de possível lesão, viagem e trabalho, é preciso ter, ao menos, 30 atletas prontos. Mas é necessário chegar aos 40 atletas por garantia”, enfatiza. O Tornados também buscou reforços em outros times. “Abrimos as portas para os jogadores das equipes da Série B ou C. Os atletas que se destacam e queiram treinar e jogar conosco são bem vindos, mas devem continuar treinando e apoiando o seu clube.”, conta. Ao todo são seis reforços confirmados. “Há mais jogadores que estamos tentando trazer, porém é difícil porque o clube não consegue pagar um salário aos atletas. Então, temos que arrumar um emprego para eles. Também, se tivéssemos como pagaríamos um treinador. A condição atual do rugby é difícil”, enfatiza.
O Tornados conta com o apoio da secretaria de Esportes, Sesi, Asa Alumínio, Grupo Marquinhos: Auto Escola Despachante e Corretora, Restaurante Moinho Bela Vista, Let’s Eat Hamburgueria Indaiatuba, Grow Pharma e Suplemento Vit & Min, TMC Tintas UV, Churrascaria Jatobá e Disnacon Condutores Elétricos.