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Mariana Corrér
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O volume de perdas de água de 2014 ficou igual ao resultado de 2013 em Indaiatuba, um total de 32,6%, segundo levantamento do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae). O montante perdido nas redes de distribuição, porém, foi reduzido em 28%, ultrapassando a meta para agosto de 2015. O que atrapalhou o resultado final foi a estiagem, já que foi utilizada mais água para limpeza dos filtros.
Nas redes, até dezembro de 2013, o total perdido era de 286,2 litros/ligação/dia. Em 2014, foi de 267 litros/ligação/dia. A medida é feita da água tratada que sai das estações de tratamento até a chegada aos hidrômetros das residências e estabelecimentos.
A assessoria de comunicação do Saae ressalta que a severa estiagem que acometeu a região no ano passado foi a responsável por um aumento no gasto de água para limpeza dos filtros da Estação de Tratamento de Água (ETA) III, no Pimenta, já que a água estava mais densa, de má qualidade, precisando de mais tratamento. As outras estações, no entanto, utilizam água de reúso, gerando mais economia.
Metas
A meta de perdas na rede para este ano era de 276 litros/ligação/dia. Superando as expectativas, o Saae perdeu somente 267 litros/ligação/dia. Esse volume deve ser mantido até agosto para que as verbas do ReÁgua (Programa Estadual de apoio à Recuperação das Águas, com objetivo de apoiar ações de saneamento básico que contribuam para ampliação da disponibilidade hídrica) sejam garantidas.
A verba é repassada em três etapas e a última é a de manutenção, na qual as cidades devem bater as metas durante seis meses, portanto, até agosto Indaiatuba deve se manter dentro da média de perdas atuais.
Em 2006, o volume de perdas era de 45,7%. Em 2010, melhorou para 36,10%, caindo para 32,6% em 2013 e se mantendo até o final de 2014.
Para 2015, o Saae estima que as perdas possam ser ainda menores, já que investiu em medidas de pré-tratamento e estações elevatórias para que não haja desperdício na limpeza dos filtros.
Outra medida que colabora para isso é adicionar carvão antracito (carvão ativado) nos filtros, o que está acontecendo desde a semana passada. O produto tem a capacidade de coletar seletivamente, líquidos e impurezas, sendo amplamente utilizado em sistemas de filtragem de empresas de saneamento. Ele retém em seus poros certos tipos de impurezas; partículas que causam coloração, sabor ou odor indesejável na água. Essas partículas permanecem fixadas ao carvão ativado por forças físicas (aderência).