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Leandro Povinelli
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Um estudante de engenharia foi assassinado durante o início da madrugada de quinta-feira, dia 26, dentro do estacionamento da Faculdade Max Planck, localizada na Avenida Nove de Dezembro, no Jardim Pedroso. A vítima, identificada como Mabson José Dechechi, de 30 anos, foi atingida com dois tiros no peito. A Polícia Civil, porém, não soube informar se os disparos foram efetuados dentro do campus ou se o atirador estava do lado de fora da faculdade, na Rua Primo José Mattioni. Já identificado pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), o autor do crime, que está na condição de foragido e com a prisão preventiva decretada, teve motivação passional para cometer o ato, segundo a Polícia Civil.
O caso teve início quando vigilantes que trabalham na faculdade encontraram o corpo de Mabson, já sem vida, dentro de seu veículo. Segundo os trabalhadores, todos os carros já haviam deixado o local, menos o da vítima, o que chamou a atenção. Com a Guarda Civil acionada, o local foi isolado e preservado até a chegada dos investigadores do SIG e da Polícia Técnico-Científica, de Campinas, responsável pelos trabalhos de perícia.
No local, iniciando as investigações, os policiais civis conseguiram chegar ao motivo e ao suposto autor da execução. “A princípio, o que foi levantado pela Polícia Civil é que a vítima mantinha um relacionamento extraconjugal com a mulher do autor. A noiva da vítima descobriu e, segundo foi apurado junto aos familiares, ela teria dado um ultimato para a mulher do autor, dizendo para ela contar sobre o caso”, explicou o delegado titular Marcelo Eduardo Bueno da Silveira. “Para tentar evitar mais transtornos, a mulher do autor contou o que estava acontecendo. No entanto, por ele ser uma pessoa muito passional, muito nervosa, conforme nos foi relatado pela família dele, quando ele soube quem era o rapaz ele foi e o executou com dois tiros”.
Sem testemunhas do fato até então, a Polícia Civil não soube dizer se os tiros foram efetuados dentro ou fora do estacionamento, cabendo à perícia esclarecer a trajetória dos disparos.
“Ainda não temos como provar se o atirador estava dentro ou fora do estacionamento, isso é a perícia quem vai precisar, até porque, quando os técnicos examinaram o corpo da vítima não havia sinal de esfumaçamento, o que nos leva a crer que o tiro não foi dado a curta distância, fazendo com que não possamos afirmar a posição do atirador, se era dentro ou fora do campus”, disse Silveira.
Dando continuidade às investigações, no entanto, diligências foram realizadas até a casa do suspeito, mas o provável atirador não fora localizado pelos policiais. “Logo após ter efetuado os disparos, ele entrou em contato com a mulher e disse que iria passar para buscá-la, juntamente com a filha deles. A partir deste momento, então, eles fugiram e não atendem mais ao celular e ninguém sabe do paradeiro deles”.
Procurada pela reportagem, a faculdade Max Planck emitiu uma nota oficial, informando que se solidariza com a família do aluno e que está colaborando integralmente com a Polícia no processo de investigação.
“O pedido de prisão preventiva já foi passado para policiais de todo o estado e o veículo utilizado pelo autor, da marca Audi, também já está bloqueado junto ao Detran, fazendo com que ele seja parado em qualquer lugar que possua monitoramento. Agora devemos aguardar a prisão do mesmo para que possamos esclarecer todos os detalhes a respeito do crime”, finalizou o delegado.