Publicado em: 14/02/2018 14h37 – Atualizado em 16/02/2018 16h15

Felicidade ilusória

 

Da Redação



Carnaval, festa de ruídos e paixões primárias: felicidade ilusória da embriaguez dos sentidos. Ante a miséria que alarga a sua capacidade de destruir as massas ao lado da violência voluptuosa e destruidora, recordamo-nos do período imperial de Roma, que abria o circo para a generosidade do tirano que governava anestesiando os desditosos com o célebre “panis et circensis”.
A situação atual é pior do que aquela, porque se oferece apenas o circo de grandes proporções, nem sempre gratuita, mas vendidas as suas concessões. Embriagadas, as multidões assumem o descontrole dos sentidos e atiram-se na ufania dos poucos dias de loucura e prazer, para depois retornar à normalidade impossível de ser mantida.
Algumas cidades do nosso país, considerando os desafios e sofrimentos que sobre elas se abatem, estão transformando as despesas carnavalescas do agrado quase geral, por se tratar de fuga para lugar nenhum, em pagamento aos funcionários que padecem atraso dos salários, aos hospitais onde os pacientes morrem nos corredores ou nas portas de entrada, às escolas em abandono, ante o reproche e desagrado de muitos foliões que preferem o padecimento dos filhos e deles mesmos a pobre educação proporcionada pelo poder público.
Afinal, nada temos contra o Carnaval. Mas, a libertinagem em que foi transformado, em bacanais sexuais do mais nível servil, a larga e quase oficial ingestão e uso de drogas aditivas, ao contágio de enfermidades perversas e de novos tormentos emocionais.
O discernimento deve ser desenvolvido para não se enganar com os denominados quinze minutos de holofotes a que a maioria humana aspira, perdendo-se logo depois nas frustrações dos sonhos- pesadelos. O Espírito humano está destinado à fatalidade do bem, à conquista da harmonia, da beleza, da saúde e da fraternidade no seu sentido pleno.
Divaldo Pereira Franco (médium),
fevereiro de 2018

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