Publicado em: 14/06/2018 14h04 – Atualizado em 15/06/2018 10h15
Dias de Copa
É compreensível a falta de empolgação de grande parte da população com a Copa do Mundo iniciada quinta-feira (14). Uma sucessão de crises tem afetado todo o País, com o ápice nas semanas de escassez durante o recém-encerrado movimento dos caminhoneiros. A tendência, contudo, é de crescente adesão ao sentimento patriótico com a estreia da seleção brasileira, amanhã (17).
Reportagens nesta e na última edição da Tribuna mostram que, no campo econômico, há certo otimismo com relação aos efeitos positivos da Copa, tanto no setor de eletrodomésticos (no caso, das TVs de alta definição) como no gastronômico (em que bares e restaurantes apostam na torcida conjunta para aumentar a receita).
O Mundial pode parecer algo desimportante a quem não é afeito a acompanhar futebol ou torcer pelo clube de coração. Mas, ao se conhecer os números que movimentam o esporte em todo o mundo – particularmente em época de Copa -, tem-se a exata medida de sua dimensão nos mais diversos aspectos. No Brasil, particularmente, a cultura futebolística dinamiza esse potencial, em que pese o desinteresse refletido nas últimas pesquisas.
O fator político tem tido grande peso no ânimo das pessoas – até com apropriação indevida por parte de determinados correligionários mais fanáticos. Isso contribui para o afastamento do torcedor. É bom lembrar, contudo, do ocorrido em 1970. Para determinadas pessoas, a seleção nacional representava o regime de exceção da época. Mas foi só o Brasil conquistar o título para que o grito de campeão ecoasse pelos quatro cantos da Nação.
A analogia com os tempos atuais pode ser feita ao trocar a crítica ao regime militar da época do tri mundial pelas consequências de uma profunda crise socioeconômica. De resto, espera-se que o grito de campeão seja o mesmo, de forma a melhorar a autoestima dos brasileiros e prepará-los para um jogo ainda mais importante: as eleições gerais de outubro.
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