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No Divã – Dia 1º de Junho



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Publicado em 03/06/2013 às 14h46Paulo Antolini – [email protected]
A importância dos conceitos

Para quem nunca se dedicou a refletir sobre o assunto, é chegado o momento. O raciocínio como que “fica travado” quando se tem conceitos errados ou distorcidos. Se não “trava”, se desenvolve sobre bases falsas. Vamos ao Michaelis: “Aquilo que o espírito concebe ou entende; ideia; noção.



Expressão sintética. Símbolo, síntese. A mente, o entendimento, o juízo. Reputação. Consideração. Opinião.”



Em consultório é muito importante a percepção dos conceitos que as pessoas trazem consigo frente às situações que vivem. Um exemplo que ocorre com grande frequência: a pessoa se diz tímida.



Perguntada o porquê se acha tímida, diz que tem dificuldades em fazer amizades com pessoas em uma situação social. Em pouco tempo de conversa fica claro que o maior empecilho do aproximar-se de alguém não é a timidez, mas sim o orgulho. “Então meu medo de ser rechaçada é orgulho?” Sim. Porque não podemos receber um não, ou não sermos considerados interessantes por outros? Não é timidez, é orgulho.



“Fulano é desencanado, não está nem ai!” é uma expressão usada quando se referem a pessoas que agem com naturalidade e desprendimento. Apenas chegam, se apresentam e conversam. A melhor definição que já encontrei sobre humildade é simplicidade. Ser humilde é ser simples. Não complicar as coisas. A pessoa apenas vai, cumprimenta e inicia uma conversa. Poderá ter continuidade ou não, mas ela não está preocupada com o desfecho. Não está preocupada com o que os outros irão pensar.



Portanto, o famoso “eu não consigo” do falso tímido é justamente porque ele está tentando mudar algo que de fato não existe. Não é timidez, é orgulho. Comece a trabalhar esse orgulho e verá que em breve estará em uma condição diferente.



Outro conceito muito comum que aparece constantemente distorcido é o “eu não sou capaz”. Após algum tempo de reflexão começam a aparecer os verdadeiros motivos pelos quais as pessoas se colocam como incapazes. O “ser incapaz” esconde um “eu não quero”; “eu tenho medo”; “eu não sei aonde isso irá me levar” e assim por diante. A simples colocação “eu não sou capaz” encobre forte resistência às mudanças que seriam necessárias para a superação de alguns obstáculos em específico.



O grande dano é que para se convencer e provar a si mesmo e aos outros essa incapacidade é o ter que se fazer realmente incapaz, não consegue então dar os passos necessários.



Quando se faz um juízo que não corresponde ao real, cria-se o tão falado preconceito, o fazer um juízo por antecedência. O famoso julgar sem saber. Nos dias atuais está muito comum o considerar garotas que se vestem como “piriguetes” garotas vulgares, que estão se oferecendo ao outros.



Quem assim o faz está a desconsiderar que a moda em nosso país é mais impactante e é copiada tão logo algum famoso a apresenta. Nesse exemplo há dois conceitos distorcidos, o de quem olha e julga estar frente a uma garota fácil, apenas pelo modo como ela se veste, e da própria garota que desconhece o conceito de consequências, pois ao optar por aparecer assim vestida, estará dando margem a interpretações múltiplas. Alguns ditados que hoje são desconsiderados e até preconceituosos: “Quem não quer não se expõe”; “Quem brinca com fogo pode sair queimado”. Muitos conceitos estão sendo distorcidos em nome do direito e da liberdade.



Ajuda muito a correta identificação do que uma palavra quer dizer, por isso a indicação de buscar o significado delas no dicionário, por mim também chamado de “o pai dos inteligentes”, é fundamental. O grande prejuízo gerado pela utilização de gírias é exatamente esse descompromisso com o significado do que se está dizendo. Uma linguagem de gírias torna-se um idioma fechado entendida apenas pelos poucos que estabeleceram novas convenções aos “velhos” termos.



Corrigir os conceitos internos, uma forma de diminuir seus próprios preconceitos.

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