Nada justifica os últimos acontecimentos da saúde na cidade. Um hospital não pode se recusar a atender seus pacientes, principalmente se dependerem de atendimento de urgência. A falha existiu, isso é inegável, mas o caos, infelizmente, não se resume somente a Indaiatuba. Focando apenas na realidade do município, muitos pedem um hospital público, hospital regional, hospital estadual. Realmente há essa necessidade, mas é preciso ver as condições antes de tanta exigência. Um hospital regional que atenda a toda população da cidade e arredores custa caro para os cofres públicos, mais do que qualquer município possa bancar.
Em entrevista à coluna, o secretário de Saúde, José Roberto Stefani, havia dito que um hospital regional seria “muito bem-vindo” à cidade. Também afirmou que há a ideia de pleitear uma instituição que ofereça de 200 a 400 leitos em Indaiatuba, não apenas pelo crescimento da cidade, mas também pela procura das cidades vizinhas e, especialmente, por conta do Aeroporto Internacional de Viracopos, que está sendo ampliado e trará demanda para o Município. O único problema é que um hospital desse porte custa R$ 10 milhões por mês, valor igual ao do orçamento mensal da Secretaria de Saúde.
Para ter um hospital desse porte, teria que haver investimento estadual, como recebem as cidades que possuem hospitais regionais. Itu é um exemplo, segundo o secretário. Em maio, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Stefani apresentou um estudo sobre a saúde no Município e pediu ajuda para que o órgão tente um Hospital Metropolitano na região.
Para conseguir o investimento do Estado, no entanto, é preciso boa vontade, e de todas as partes. O governo do Estado tem que fazer a parte dele, mas as cidades não podem esperar simplesmente pela vontade do governador. Nessa hora é que tem que aparecer os influentes. O apoio de um deputado talvez fizesse diferença também.
Se antes existia o ativista de gaveta, agora, a cada dia e a cada protesto novo, se vê mais presente o ativista virtual. Quando é para reclamar de alguma coisa nas redes sociais, todos têm problemas e vontade. Na hora de mostrar aos interessados essa revolta, ninguém aparece. Mais uma manifestação foi feita na Câmara e foram poucos os que apareceram. Os idealistas precisam lembrar que o objetivo dos protestos não é o número de curtidas dos posts.
No dia 26, a Secretaria Municipal da Fazenda realiza uma audiência pública para apresentação do Plano Plurianual (PPA) para o período de 2014 a 2017. Será esclarecido o projeto do Plano para, se aparecerem subsídios adicionais, ser aprimorado. A reunião acontece das 9h às 11h30, no auditório do Paço Municipal.
Ainda falando em orçamento, o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes, o Linho (PT), protocolou três emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014. Ele foi o único parlamentar a propor alterações. Duas das propostas reforçam o poder fiscalizador do Legislativo, sendo que uma delas prevê que o Executivo envie à Câmara relatórios mensais sobre transposições, remanejamentos ou transferência. A outra pede o envio de relatório sobre déficit ou superávit maior que 4%. Por fim, uma emenda modificativa diminui para 10% a autorização de abertura de crédito suplementar. Em sua redação original, o projeto autoriza abertura de até 30%.