*
Adriana Brumer Lourencini
[email protected]
A volta às aulas já é nesta semana e muitos pais ainda não decidiram sobre a escola em que os filhos vão estudar. Apesar de todas as instituições terem o mesmo propósito, que é o de ensinar, a escolha não é tão fácil, pois há requisições (de ambos os lados) e muitas peculiaridades em questão.
O primeiro quesito a ser avaliado é a proposta pedagógica da escola, diz Tania Fontolan, diretora do sistema Anglo de ensino. “Trata-se da identidade de uma escola, com diretrizes, linha de ensino (tradicional, construtivista etc.). Todo estabelecimento de ensino deve ter a proposta pedagógica formalizada em um documento, que pode ser solicitado pelos pais quando fizerem as visitas”, orienta.
Outro ponto importante é a qualidade do corpo docente. “Boas escolas são feitas essencialmente com bons professores”, afirma Tania. “Verifique quem são e quais titulações possuem, se já estão há um tempo na escola ou participam de Congressos para atualização”, completa. O material didático utilizado também conta, seja por meio de um sistema de ensino ou através de livros. “Veja a qualidade do material no mercado, como é visto, quais os resultados e características apresentam”, ressalta Tania.
A diretora aponta também o ranking do Enem como fator determinante, pois é o principal auditor externo das escolas que possuem ensino médio. “Porém, isso não é tudo. Tente checar o desempenho das escolas durante alguns anos e fique atento se a escola não utiliza artimanhas para ‘fabricar’ resultados”, alerta. Tania recomenda ainda verificar dados fora das escolas, como os índices de aprovação em vestibulares qualificados e concorridos. “Além disso, é interessante conversar com outros pais, ver se a cultura da escola possui afinidade com a família, e conhecer as impressões do próprio aluno sobre a estrutura e o ambiente escolar”, completa.
Veículos escolares
Segundo a Fundação de Proteção ao Consumidor (Procon), é fundamental avaliar as condições de segurança dos veículos. O transporte pode ser realizado por autônomos, empresas ou escolas; além disso, é preciso buscar referências sobre o motorista com outros usuários. Vale observar como o condutor do veículo recepciona as crianças, as condições de higiene e conforto, se há cintos de segurança e se as janelas não possuem abertura superior a 10 centímetros. Veja também se há outro adulto acompanhando as crianças, além do motorista, e se o serviço é cobrado também no período de férias, ou se pode ser realizado fora dos meses de aulas (caso o aluno fique em recuperação).
O diretor do Departamento de Transportes Coletivos, Silvio Roberto Lima, informa que todos os condutores de veículos escolares em Indaiatuba devem ser devidamente credenciados. “Nenhuma unidade escolar Municipal ou Estadual possui vínculo direto com transportadores sem as exigências previstas nos artigos 135º e 136º da Lei Federal 9503/97, Portaria Detran 503/09 de 16/03/09, e o Decreto Municipal 10.399/09”, afirma Silvio. “Apenas o transporte de alunos na área rural é feito pela prefeitura, por meio de contrato com a Sancetur, que também disponibiliza ônibus e vans adaptadas para pessoas com necessidades especiais”, esclarece o diretor.
Ele acrescenta que a prestação de serviços de transporte escolar realizada fora do atendimento à legislação, além de colocar os alunos em risco, se configura em transporte clandestino, o que incorre em multa e apreensão do veículo.
Para saber sobre a idoneidade do condutor e da empresa de transporte, ou ainda denunciar irregularidades, o consumidor pode ligar para a Ouvidoria no 0800 770 7702, ou diretamente nos telefones (19) 3894-2049 e 3834-4419.