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Colisão frontal mata jovem de 22 anos



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Publicado em 25/02/2015 às 11h36Leandro Povinelli – [email protected]
Familiares da vítima levaram 16 horas para conseguir registrar o boletim de ocorrência
Eduardo Turati

*

Leandro Povinelli

[email protected]



No início da noite de sexta-feira, dia 20, Indaiatuba registrou o segundo acidente de trânsito com vítima fatal em 2015. Ocorrida na Rua Ouro, a colisão frontal entre um veículo Gol com placas de São Paulo e uma Van com placas de Indaiatuba tirou a vida da jovem Dantielly Maiara Pereira, de 22 anos.



As primeiras informações extraoficiais apontavam que a causa do acidente que, além da vítima fatal, deixou outras seis pessoas feridas, seria a versão de que testemunhas afirmaram ter visto Dantielly ao celular, realizando uma ultrapassagem irregular e acertando o outro veículo. Em outra versão apurada pela Tribuna, mais testemunhas relataram que a jovem perdeu o controle da direção do veículo ao passar por um buraco na via. A situação, agora, será esclarecida depois de todos os laudos serem elaborados pela Perícia Técnica-Científico.



Após a colisão, unidades de resgate do Corpo de Bombeiros e da concessionária que administra a rodovia estiveram presentes para realizar todos os procedimentos de primeiros socorros. A motorista da Van, que seguia para Sorocaba, transportava alunos de uma faculdade. Todos tiveram apenas ferimentos leves e foram socorridos ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo, onde permaneceram em observação, mas já receberam alta.



A condutora do Gol, por sua vez, teve de ser retirada das ferragens do veículo e diversas manobras de reanimação foram realizadas pelos socorristas, mas Dantielly não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.



Registro da ocorrência



Para os familiares de Dantielly, não bastasse o luto pela perda da jovem, a parte burocrática do processo de registro de ocorrência trouxe diversos transtornos. Segundo um familiar da vítima, que preferiu não se identificar, o boletim de ocorrência foi elaborado 16 horas depois de o fato ter ocorrido.



“A Polícia Militar foi até o local e realizou todos os procedimentos, acredito. No entanto, fomos até a delegacia e nos falaram que devíamos deixar os documentos dela lá, porque os policiais iriam até o plantão fazer o registro”, contou. “No dia seguinte, por volta de 7h30, o serviço funerário entrou em contato conosco para avisar que nada havia sido registrado e, sendo assim, o corpo não poderia ser liberado. Pegamos os documentos de volta e fomos até o Batalhão da Polícia Militar, onde nos disseram que a ocorrência seria comunicada após cinco dias, não nos fornecendo nenhuma cópia do documento”.



Depois de algum tempo, ainda conforme o familiar de Dantielly, um parente da família, que é policial civil e morador de Carapicuíba, foi até o Batalhão da PM, onde conseguiu ter acesso ao documento.



“Ele conseguiu ver o que tinham escrito e anotou todas as informações necessárias, já que uma cópia não foi fornecida. Fomos até a delegacia e, 16 horas depois, conseguimos elaborar o boletim de ocorrência”, disse. “Se atrasasse mais um pouco não iríamos conseguir realizar o sepultamento. Eles deveriam ter um tratamento mais humano com as pessoas, é lamentável”, desabafou.



Questionada pela reportagem, a Polícia Militar afirmou que seguiu corretamente todos os procedimentos descritos na resolução da Secretaria da Segurança Pública. “O que é de obrigação da Polícia Militar foi realizado e ainda nos prontificamos em repassar o boletim de ocorrência para a Polícia Civil”, informou a corporação.



Em contato com a Polícia Civil, a reportagem conversou com a delegada responsável pelo caso. Segundo a autoridade, os militares estão com o hábito de dizer que agora apenas preservam o local da ocorrência até a chegada da perícia, repassando, em seguida, todos os dados para a elaboração do boletim de ocorrência. “Apesar de não constarem como condutores da ocorrência, nós temos os dados necessários para dar prosseguimento aos trâmites”, informou a delegada. “Nesse caso, por exemplo, nós não fomos comunicados. A Polícia Civil ainda não tem bola de cristal, fica impossível investigarmos um crime se não tivermos a comunicação dele. Na manhã do dia seguinte foi que ficamos sabendo, quando os familiares da vítima foram até a delegacia afirmando que ainda não havia sido elaborado um boletim de ocorrência. Nós não somos negligentes e jamais deixamos de comparecer ao local de um crime, mas, para isso, foi como disse, precisamos saber desse crime, precisamos ser comunicados sobre a ocorrência”, finalizou.

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