Publicado em: 27/11/2017 18h13 – Atualizado em 27/11/2017 19h51
Deixar a crise para trás
É mais do que comum ouvirmos reclamações sobre os rumos da economia no Brasil. Alguns dizem que estamos saindo de uma dura recessão. Outros, que ainda estamos atolados nela. Enfim, apontar o dedo para nossos políticos – muitas vezes preocupados única e exclusivamente em garantir seus privilégios – é apenas uma das atribuições da população. A outra é trabalhar e produzir, movimentando a roda da economia e gerando empregos e renda.
Contudo, a Tribuna anuncia nesta edição o calendário de feriados em 2018. Somente de feriados nacionais são 13, contando-se os pontos facultativos com ampla adesão. Some então o feriado estadual e os municipais e teremos quase um mês parados. O que isso significa? Mais dias de folga, turismo a todo vapor e comércio agradecendo o aumento no fluxo de consumidores em lojas e centros comerciais. Para a indústria, a paralisação da linha de produção é sinônimo de prejuízo, gerando queda na arrecadação de impostos para o município, Estado e Federação.
Como chegar a um equilíbrio? A recessão – tenha ela terminado ou não, o futuro dirá – ainda é sentida pelo empresariado, de uma forma geral. E uma vez que os feriados são unanimidade, cabe a empresários e funcionários chegarem a um acordo, sempre envolto pelo manto de entidades que representam as duas partes. Neste momento, a presença do sindicato é importante. Mas será que os sindicatos estão prontos e equipados para entrar nesta discussão?
A aplicação da Reforma Trabalhista é mais um ponto que pode dificultar o entendimento entre as partes, que deve ser pautado, única e exclusivamente, pelo bom senso. O empresário quer diminuir seu prejuízo e manter a linha de produção rodando. O trabalhador, quer manter seu emprego e sustento, sem abrir mão das folgas e do descanso.
A matemática parece simples, mas nunca será. E 2018 tem mais agravantes: Eleições e Copa do Mundo. Nos resta continuar produzindo, esperando que o último suspiro vire fôlego suficiente para deixar a crise para trás.
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