Publicado em: 30/11/2016 18h19 – Atualizado em 05/12/2016 10h34
Olhares do Jardim Morada do Sol:de forasteiros a potência econômica
Histórias e vivências formaram o que hoje é o bairro mais populoso da cidade
Uma mistura na forma de falar, de agir, na cor de olhos, cor da pele, nos costumes e na cultura. Assim nasceu o Jardim Morada do Sol, construído e habitado por pessoas de diversos lugares do país.
Há quem diga que é o bairro dos “pés vermelhos” – como são chamados os paranaenses, por vezes, de forma pejorativa. No entanto, uma das moradoras mais antigas do bairro, e que também não é paranaense, afirma de “pé junto” e com convicção: “Aqui o que menos se encontra são paranaenses nativos. Tem gente de Minas Gerais, sul da Bahia. Paranaense de verdade dificilmente abandona sua terra”.
Década de 1980. Exatamente nesse ano que chega até a cidade de Indaiatuba a paulista Ana Maria Postigo Volpiano com toda a sua vivacidade e alegria de quem viveu no grande ABC, ao lado da empresa Mercedez Benz. “Em São Bernardo do Campo, a gente tinha tudo perto. Padaria, bar, teatro, cinema. Quando eu e meu marido chegamos aqui em Indaiatuba tomei um enorme susto. O filme que já tinha passado no cinema em São Bernardo aqui ia demorar mais uns quatro meses para chegar”, conta de forma brincalhona.
Aos 60 anos de idade, a memória ainda é fresca e os detalhes que Ana Maria conta a respeito da formação do Jardim Morada do Sol são riquíssimos. “Vimos esse bairro crescer. Eu, meu marido e nossa família. Aliás, não só vimos ele crescer, como também ajudamos e muito o Morada do Sol ser o que é hoje”.
Nascida na cidade de Ourinhos e casada com José Vanderlei Volpiano, Ana Maria tem duas filhas: Janaina Lucia Volpiano e Luciana Maria Volpiano. E também dois netos, o Enzo Volpiano Oguma e Raffaella Helena Volpiano Sampaio.
O casal veio para Indaiatuba por conta de uma visita ao irmão de criação, José Visitação da Cruz, que morava no Jardim do Sol (Vila Mercedes). Eles gostaram da cidade, mais especificamente do Jardim Morada do Sol, compraram um terreno na Rua José da Silva Maciel (Antiga Rua 5 e ainda atual residência da família) e construíram o Bar do Vanderlei, trabalhando por 32 anos com o comércio.
“O gosto dos moradores daqui era bem diferente dos de lá. Eles gostavam de carcaça de frango e uma linguiça diferente. A quantidade que a gente comprasse desses itens, vendíamos na hora. Tivemos que nos adaptar aos costumes deles”, explica o senhor Volpiano.
O casal mudou-se no dia 23 de maio de 1981, primeiramente no Jardim Pau Preto, onde morou com a família por 1 ano e meio, e se deslocavam todos os dias para trabalhar no Jardim Morada do Sol, até que, no ano de 1983, todos mudaram-se em definitivo para o bairro, sem asfalto, sem luz e com muita vontade de fazer com o que o desenvolvimento chegasse até o bairro. “Quando chovia, o ônibus não subia a rua de casa. Aqui ficava cheio de lama. Era bastante complicado o transporte naquela época”.
Principal via do bairro, Avenida Ário Barnabé era de terra ainda na década de 1990 (Crédito: Acervo Pró-Memória)

Com atuação efetiva da família Volpiato, bairro evoluiu (Crédito: Acervo Pessoal)

Ana Maria, Wilder de Araújo (advogado) e Wladimir, neto do governador de Pernambuco (Crédito: Arquivo Pessoal)

Ana Maria Volpiato, uma das fundadoras da Associação de Amigos do Bairro (Crédito: Werner Munchow)

Mercearia de Ana Volpiato foi pensada para nascer no bairro (Crédito: Acervo Pessoal)
O primeiro censo do bairro
Éramos vistos como forasteiros nessas terras de Indaiatuba. O preconceito existia muito forte. Aliás, até hoje ainda existe, com menor intensidade”, afirma Ana Maria. “Eu mesmo arrumei briga por conta disso, porque eu acho tudo isso muito injusto”, diz Ana Maria.
Quando a família chegou na cidade, teve um choque grande por conta da tradição de uma cidade formada, em sua maioria, por suíços, holandeses, alemães. “ E um pouco de italianos e japoneses. Mas muito pouco. Ai vem um pessoal do Paraná, e que não são paranaenses”, conta a moradora.
Na verdade, Ana Maria conta que os filhos dos moradores que haviam firmado residência no bairro eram paranaenses, ou seja, nascidos de fato no Paraná. “Os que vinham com 10, 12 anos ou 15 e 16 anos eram do Paraná”. No entanto, de acordo com a moradora, os pais eram em grande parte nordestinos. Daquela região, divisa entre Bahia e Minas”.
Após detectar essas diferenças, Ana Maria resolveu fazer, junto ao então prefeito da época José Carlos Tonin um pequeno censo no bairro. “Tinha alguma coisa errada. Eu nasci em Ourinhos, mas morava em Santo Antônio da Platina, minha família é toda dali. Eu olhava os paraenses de lá e não batia com os paranaenses daqui. Eu sou muito observadora. E demos início ao censo. Aliás, eu nem sei se ainda existe essa documentação”.
Foi então, que, batendo de porta em porta, Ana Maria teve a seguinte constatação: “A maioria dos moradores afirmou que não tinha nascido no Paraná. Teve um que disse que nasceu numa cidade tal da Bahia. Mas de lá, foram para Moreira Sales. E os filhos nasceram lá na verdade. Essa é a verdadeira formação da Morada do Sol”.
Quando a família chegou na cidade, teve um choque grande por conta da tradição de uma cidade formada, em sua maioria, por suíços, holandeses, alemães. “ E um pouco de italianos e japoneses. Mas muito pouco. Ai vem um pessoal do Paraná, e que não são paranaenses”, conta a moradora.
Na verdade, Ana Maria conta que os filhos dos moradores que haviam firmado residência no bairro eram paranaenses, ou seja, nascidos de fato no Paraná. “Os que vinham com 10, 12 anos ou 15 e 16 anos eram do Paraná”. No entanto, de acordo com a moradora, os pais eram em grande parte nordestinos. Daquela região, divisa entre Bahia e Minas”.
Após detectar essas diferenças, Ana Maria resolveu fazer, junto ao então prefeito da época José Carlos Tonin um pequeno censo no bairro. “Tinha alguma coisa errada. Eu nasci em Ourinhos, mas morava em Santo Antônio da Platina, minha família é toda dali. Eu olhava os paraenses de lá e não batia com os paranaenses daqui. Eu sou muito observadora. E demos início ao censo. Aliás, eu nem sei se ainda existe essa documentação”.
Foi então, que, batendo de porta em porta, Ana Maria teve a seguinte constatação: “A maioria dos moradores afirmou que não tinha nascido no Paraná. Teve um que disse que nasceu numa cidade tal da Bahia. Mas de lá, foram para Moreira Sales. E os filhos nasceram lá na verdade. Essa é a verdadeira formação da Morada do Sol”.
Preconceito era recorrente com os moradores
A filha mais velha de Ana Maria estudava no Randolfo, e depois fez estudo técnico na Fiec. Após o técnico, ela conseguiu passar na Unimep em Piracicaba e foi neste momento que o transtorno aumentou. “Naquela época em que tinha muito barro, não tinha ônibus pra ir. Então eu consegui na época que aquele ônibus que levava os estudantes para Piracicaba passasse onde hoje é o Habib’s. Era terra, dai ele pegava e ia embora. E minha filha pegava esse ônibus. Era a única do bairro que pegava”.
Ana Maria lembra que a filha tinha duas calças jeans e usava uma por dia por conta do barro. “Enquanto ela usava uma a outra era lavada. O problema maior foi dentro do ônibus. Quando ela entrava, imitavam sapos e ninguém sentava ao lado dela”, lembra.
O preconceito foi tão forte que Janaína, filha de Ana Maria, conseguiu uma moradia com um amigo em Porto Feliz e, de lá, iam de carro até a Unimep. “Ela conseguiu se formar, fez Química Industrial, depois terminou Engenharia na PUC Campinas, e hoje está em uma grande empresa há mais de 20 anos, e é representante na América Latina, Europa”.
Associação do bairro garantiu melhorias à região
Por ser moradora de São Bernardo do Campo, Ana conta que sabia como funcionavam as lutas de classe. Então, resolveu reunir alguns colegas que também acreditavam no potencial desenvolvimento do bairro para reivindicar melhorias. “A Associação foi formada, inicialmente por mim, Antonio Monteiro, Florita Branco Batista, Wilder Barros Araújo, Joaquim Marinho Junior e pelo Volpiano. A nossa luta de classe em Indaiatuba começou com a Associação Amigos de Bairro XII de Junho”.
De acordo com a moradora, foi após a Associação que o bairro começou a ganhar desenvolvimento. “Começamos um trabalho de formiguinha. E falámos para os vizinhos que se nos uníssemos, tudo iria dar certo. Porque aqui no bairro, na época, não tinha luz, não tinha esgoto, não tinha asfalto. Água encanada tinha. Mas só desse lado de cá. Do outro tinha que pegar água do poço”.
Mesmo vendendo muito lampião na mercearia, Ana Maria conta que sempre pensou muito no coletivo. “Para nós era interessante também ter a luz. Pensávamos no coletivo, foi uma coisa de luta mesmo. Então foi muito bom, porque o povo teve luz nas casas. Naquela época foi doado também aqueles postes de residência. Aí depois veio a iluminação pública”.
Ana lembra que reivindicou, através da associação, a instalação da iluminação pública para as casas da parte de cima, depois do córrego, com o então prefeito da época José Carlos Tonin, que buscou recursos junto ao governador André Franco Montoro. “A reivindicação mais difícil e desgastante foi a questão da iluminação pública, pois o valor da cobrança no carnê emitido pela loteadora foi altíssimo, lutamos por dois meses com advogados junto à Prefeitura e o desfecho foi em votação pelos vereadores na Câmara Municipal – lotamos dois ônibus com moradores para acompanhar a sessão de Câmara”.
Ana foi a primeira representante do Jardim Morada do Sol no Conselho Municipal de Saúde, por dois anos, onde participou de muitas discussões com o então secretário de saúde, Roberto Sfeir.
Além da luz, um dos trabalhos de extrema importância era que, no início do bairro, não existia telefone e, quando as pessoas ficavam doentes, batiam na porta da casa de dona Ana pedindo ajuda para se deslocar até o hospital. “O carro da família ficou apelidado de ambulância”.
Horta comunitária
Logo no início da associação, a dona Ana conta que os associados pensaram em um feito que fosse importante para todos. E dessa ideia surgiu a horta comunitária.
No início, havia cerca de 400 associados e a moradora lembra que não tinham muito dinheiro. “Pensamos na horta, mas tivemos que juntar um dinheirinho para comprar as sementes e começar a plantar”.
Como muitos moradores ti-nham conhecimento em plantação, dona Ana conta que foram essas pessoas que fizeram o plantio e cuidavam da plantação. “Não tínhamos adubo. Então os associados começaram a fazer adubo orgânico”.
O feito da horta foi positivo tanto para os associados quanto para quem quisesse usufruir dos alimentos. “No começo era para abastecer somente os associados. Depois deixamos que outras pessoas também pudessem usufruir desse benefício”.
A moradora conta que os associados escolheram uma pessoa para cuidar diretamente da horta e somente os alimentos da época do ano é que poderiam ser retirados. “Depois, quando o Clain Ferrari assumiu, teve que ampliar o Parque Ecológico e perdemos a nossa horta que ficava aqui bem próximo de casa”.
Coragem e dedicação foram as palavras-chave para empresária
Debaixo de sol, de chuva, frio, calor, sem hora para terminar e com um objetivo na mente: melhorar de vida. Foi exatamente desse jeito que começou a vida de Maria Dirce de Carvalho na cidade de Indaiatuba. Com duas filhas pequenas para criar, Dirce chegou em Indaiatuba no ano de 1986 para tentar melhorar de vida. “Eu não conhecia a cidade. Sou de Ibipiporã, no Paraná. Na época, uma irmã morava na cidade de Campinas e disse que em Indaiatuba era um bom local para morar. Resolvi vir para cá e tentar melhorar de vida”, conta Dirce.
Chegando, conseguiu um espaço para morar de aluguel no Jardim Morada do Sol. E foi justamente esse bairro que acolheu Dirce e frutificou seu trabalho. “Procurei emprego quando cheguei e não encontrei. Então, resolvi começar a revender roupas. Ia um dia da semana para São Paulo, buscava as roupas e depois revendia de domingo a domingo. Não tinha parada”.
Mesmo com a dificuldade, Dirce nunca desistiu de seu ideal e a força empreendedora sempre falou mais alto. Depois de quatro anos de muita clientela no bairro, Dirce conseguiu comprar um terreno, que é exatamente onde está a atual Michelly Modas, e construiu a sua loja. “Dei o nome da minha filha primogênita, em homenagem a ela”.
E mesmo depois da loja aberta, o contato com a clientela só aumentou. “Consegui fidelizar meus clientes. Trabalhei muito mesmo para conseguir tudo que tenho hoje”, lembra Dirce, sem esquecer que as coisas não melhoraram por completo. “Quando chovia, entrava água e barro dentro da loja, a gente tinha araras e as roupas ficavam todas nelas. Isso fazia com que não estragasse os produtos, mas precisávamos tirar a água com rodo”.
Hoje, a comerciante possui duas lojas localizadas na Rua Jordalino Pietro Bom (Antiga 74), uma em frente à outra. “A segunda loja era para receber o nome da minha filha Simone, que ainda era pequena, mas ela me disse: Ah não, não quero meu nome queimando no sol. Então, coloquei de novo o nome da primeira filha”.
Dirce comenta que no início sofria preconceito pelo fato de morar no Morada do Sol e também de ter a loja dela no bairro. “Mas a minha loja eu não tiro desse bairro, pois foi com ele que eu cresci e criei minhas filhas. Hoje recebo cliente inclusive de outras cidades que vêm comprar roupa na minha loja”.
Trabalho árduo
Com toda a dedicação, não sobrava praticamente nenhum tempo para o lazer e diversão. “Foram escolhas. Escolhi criar as minhas filhas e dar um bom futuro para elas. Hoje as minhas duas filhas trabalham comigo. Mas, eu me arrependo um pouco de ter perdido algumas oportunidades. Acho que dá para equilibrar um pouco a vida. Nem muito trabalho e nem muito lazer. Sinto falta de ter vivido oportunidades do meu passado”, relembra a empresária.
E para finalizar, a comerciante diz que se sente muito orgulhosa de ser moradora do bairro e ter acompanhado as lutas e dificuldades das pessoas. “Não tinha infraestrutura, como asfalto, água e, hoje, o Morada do Sol tem tudo”, finaliza.
Padaria mais antiga do município, Gianini, também nasceu no bairro
Das mãos, blocos de cimento foram feitos para erguer as paredes da primeira padaria do Jardim Morada do Sol, que é a padaria mais antiga em funcionamento na cidade. A Padaria Gianini e a história de José Radovanovich contribuíram para o desenvolvimento do bairro.
Radovanovich nasceu em 15 de setembro de 1939, na cidade de Elias Fausto, e mudou-se para o Paraná. Casou-se com Maria Julia Gianini. Dessa união, nasceram Marcio, Miriam e Fabio Gianini.
No Paraná, foi vereador e delegado. Mas, como num sonho, nasceu a sua paixão pela panificação e trocou um caminhão, que era utilizado no sítio, por uma pequena panificadora.
No começo do negócio, não foi nada fácil. No entanto, as dificuldades não abateram o senhor Radovanovich que fez do ofício da panificação a sua vida e sustento da família. E como a cidade era pequena e havia muita concorrência, em 1980, por conta de alguns parentes, aconteceu uma visita à cidade de Indaiatuba. Foi quando ele conheceu o Morada do Sol e resolveu mudar-se com sua família para começar uma vida nova.
Na mudança de cidade, vieram também Antonio Gianini e Leonildo Gianini (cunhado de José Radovanovich), e começaram, por meio de uma sociedade, a erguer as primeiras paredes da padaria Sanny, que mais tarde chamaria Gianini. A padaria foi inaugurada em 1981. A sociedade permaneceu até 1998.
Mesmo sem finalizar a construção do comércio, a padaria Gianini fazia entrega de casa em casa. “Eu era muito novo e às vezes acompanhava meu pai nas entregas de porta em porta. Íamos em um Fusca e lembro-me que não tinha banco de trás, eu ficava ali sentadinho com os pães”, conta Fabio Gianini, atual administrador das padarias.
Como as ruas ainda eram de terra, Fabio também comentou que em dia de chuva era preciso passar correntes nos pneus dos carro para que ele não ficasse atolado na lama. “Era uma aventura tudo isso. Ainda temos guardadas as correntes que foram usadas naquela época”.
Mudanças
Durante os anos, muitas transformações foram registradas. “Até meados da década de 1990, fazíamos entrega porta a porta. Depois, mantivemos as entregas em mercearias de revenda no bairro até 2002. A padaria funcionava de uma forma diferenciada; depois, quando eu e minha irmã assumimos a administração do negócio, pensamos em inovar e trabalhar com um novo formato. Uma forma de deixar a padaria atrativa para que o cliente possa estar conosco. E hoje ainda mantemos entrega de pães somente para indústrias”, explica Fabio. Hoje, Indaiatuba conta com quatro padarias Gianini espalhadas pelos principais pontos da cidade. “Empregamos cerca de 120 funcionários e a maioria, moradores do Jardim Morada do Sol”.
Receita da casa
Indagado sobre alguma receita que era um segredo de família, Fabio prontamente respondeu: “Existe sim. O bolo de fubá é receita da minha avó, falecida há quatro anos. Em todas as padarias são feitas as receitas dela, da forma como ela criou. E é, sem dúvida alguma, uma das melhores receitas de nossas padarias na cidade”.
Aposta diferente
Em meio a lembranças do bairro, Fabio conta que seu irmão havia feito uma aposta com o primo e dois amigos. “No início não havia iluminação no bairro. Então eles fizeram uma aposta de que se ligassem a luz, fariam uma corrida à noite, pelados, até a rotatória da Avenida Ario Barnabé”. Eles devem ter achado que a luz ia demorar para chegar no bairro e que não daria certo tal tentativa. No entanto, estavam enganados. “Eles perderam a aposta e tiveram que correr pelados. Somente um único vizinho viu e contou para o meu pai. Hoje já não se pode mais correr pelado na avenida”, finaliza de forma humorada.

Padaria Gianini em 2000 (Crédito: Acervo Pessoal)

Padaria Gianini, em1994, antes de passar pela reforma que deu a atual ‘cara’ ao local (Crédito: Arquivo Pessoal)
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